Quando eu tinha 2
anos de idade, prendi o meu dedinho na porta e perdi um pedaço dele. (Uiiiiiii).
Imagina isso para uma mãe? A minha diz até hoje que foi uma das coisas mais
difíceis que passou comigo.
Bom, a partir desse
episódio eu fiquei com alguns dedos enfaixados e o dedo que eu chupava era um
deles!!! Para meu consolo, eu adotei um
boneco que chamava de “Goi Goi”. E fiquei com ele um bom tempo. Era minha
companhia, meu amigo, minha naninha.
O Rafael não era
ligado nisso até ver o Felipe adotar o
seu anjinho que chama de “Di.
Acho muito fofo o
carinho que o Felipe tem pelo seu objeto de transição. Faça chuva, faça sol,
ele dorme com ele. O Rafa até troca o dele de vez em quando por algum brinquedo
novo... Mas o Felipe NÃO. Para ele é realmente importante e dá segurança,
conforto...
Li que é super
importante para o desenvolvimento emocional da criança esse objeto. Abaixo
algumas curiosidades sobre este assunto.
- É saudável!
- Deve ser lavado (se for mesmo preciso) – OBS: O do Felipe é brancooooo! Lavo toda hora!
- Um, dois, três... objetos de transição!
Pode acontecer de a criança aceitar um segundo objeto enquanto o principal está
fora de alcance. Também pode ser que ela escolha duas coisas ao mesmo tempo,
como o cabelo da mãe e uma música, ou dedo na boca e um paninho. Mas,
novamente, é a criança quem decide. Não adianta forçar para que ela tenha mais
de um objeto.
- Esqueceu em casa? Perdeu!
Se você já viajou e percebeu só quando chegou ao destino que o item de apego do
seu filho ficou em casa, sabe bem o trabalho que isso pode dar. Algumas
crianças sentem dificuldade para dormir, podem ficar manhosas e cair no choro.
Cabe aos pais explicar a situação com clareza, independente da idade. Antes de
oferecer um novo objeto, deixe seu filho tentar se adaptar com o que há
disponível no local – geralmente funciona. Essa também pode ser uma chance de
abandonar o hábito. “As crianças têm grande capacidade de se adaptar e
encontram uma forma de lidar com a situação, seja encontrando um objeto
substituto ou pegando no sono sozinhas”, explica Rita Lous, psicóloga do Hospital
Pequeno Príncipe (PR).
- E quando é uma parte do corpo
Não há problema nenhum se for cabelo, orelha, cotovelo ou qualquer parte do
corpo da própria criança ou de terceiros. Porém, quando a necessidade do
“objeto” for excessiva, é preciso cuidado. Ele serve para acalmar, e não pode
ser usado o tempo todo nem restringir a vida dos pais – no caso de o item ser a
parte do corpo de um deles. Se isso acontecer, vale consultar um psicólogo,
pois pode se tratar de alguma angústia, de uma dificuldade de o bebê se separar
da mãe (e vice-versa).
- Passou da hora
Não há idade ideal para largar o objeto de transição. Em geral, o objeto é
gradualmente substituído por outros interesses e, dos 3 aos 5 anos, a criança
já tem condições de deixá-lo – cada uma no seu tempo, que é emocional e não
cronológico. O importante, segundo especialistas, é os pais não prejulgarem o
filho. Mas, como tudo na vida, o hábito requer atenção quando é exagerado. Se
após os 5 anos ou o período de adaptação na escola, a criança se recusa a ficar
longe do paninho, ou ainda se o uso do objeto prejudica o convívio social dela
(sofrer bullying, por exemplo), vale procurar orientação médica ou psicológica
para tentar identificar o motivo do apego. Situações difíceis para ela, como a
morte de alguém ou o nascimento de um irmão, podem estar por trás disso.
- Esconder, nunca!
Os pais nunca devem dar, jogar fora ou esconder o objeto sem que a criança
saiba e concorde com isso. “É uma forma de agressão. Ao tomar essa atitude,
ocorre uma quebra de confiança e a criança sofre”, diz Rit
(Fonte: RevistaCrescer)
E na casa de
vocês? Os filhotes adotaram algum objeto?
Largaram com
que idade?
Contem pra
gente!
Beijocas
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