Ter filhos é sinônimo de aumento de gastos, não é mesmo?
Recebemos um primeiro texto do nosso colaborador de
finanças para norteá-los quanto as mudanças e projeções de gastos.
Aproveitem as dicas!!!
Beijocas
"Você que está esperando ou já tem filhos, já
pensou em como isto impacta nas finanças da sua família?
Ter filhos é tudo de bom, sem dúvida alguma. Mas coloca-los no mundo quer dizer cuidar de sua saúde, sua educação e principalmente da sua formação. E torna-los 'alguém na vida', custa. Custa muito.
Ter filhos é tudo de bom, sem dúvida alguma. Mas coloca-los no mundo quer dizer cuidar de sua saúde, sua educação e principalmente da sua formação. E torna-los 'alguém na vida', custa. Custa muito.
Há uma máxima dizendo que uma das principais missões
dos pais é dar aos seus filhos pelo menos um pouco mais do que recebeu de seus
antecessores. Podemos chamar isto de evolução. E aqui não estou falando de
presentes, mas sim de uma boa formação, que até pode incluir bens materiais,
mas que passa principalmente por boas escolas, cursos, viagens e experiências
de vida.
Comecemos pelo início. O primeiro gasto que uma mãe e um pai normalmente pensam para um filho que está para chegar é o seu enxoval. Roupas, sapatinhos, toalhas, carrinho de bebê, mamadeiras, chupetas, roupa de cama... e também a decoração do quarto. É importante, antes de sair comprando de forma desordenada, organizar seu orçamento e colocar tudo isto em uma mesma cesta, que eu chamaria de custos iniciais. A partir da sua reserva ou capacidade de pagamento, faça uma conta daquilo que você teria conforto em dispor para todo este enxoval. Somente com este valor de gasto definido você pode começar a fazer uma lista, iniciando com as prioridades e conseguindo encaixar todos os itens necessários neste momento.
O segundo passo é começar a organizar os gastos mensais. Importante dizer que este passo está ligado ao primeiro, pois com o aumento do orçamento da família, deve-se imaginar algum impacto na sua reserva, mesmo que seja apenas de redução da poupança mensal que nela era depositada.
Não é fácil, principalmente para pais de primeira viagem, organizar e prever tudo o que será gasto com um filho. Por isso é muito importante fazer pesquisa, perguntar para outros pais, e colocar o máximo possível de itens em uma lista para depois começar a organizar. Normalmente pensamos nas coisas mais óbvias: fraldas, pediatra, leite em pó... Depois escola, um curso de inglês e pronto. Mas não podemos nos esquecer das novas roupas (é, o enxoval é para o começo. As crianças crescem e os centímetros a mais pedem roupas a mais, todos os anos), uniformes da escola, remédios, babá, cadeirinha de carro (que também tem que ser trocada com a idade), presentes para ele e para os novos amiguinhos da escola, dentista, passeios, supermercado mais volumoso, mais passagens nas férias, mais uma cadeira no restaurante de domingo e por aí vai. Ufa! Hora de colocar tudo isso no papel e sentir quanto vai custar no bolso.
Quem já tem um bom dinheiro guardado, vale a pena 'separar' uma quantia e investir pensando no longo prazo em ativos que tenham uma geração de renda, idealmente atrelada à inflação. Isto garantirá um fluxo para cobrir estas despesas mensais e também acaba servindo como um fator de disciplina. Dinheiro gasto com coisas fora da rotina que parecem importantes agora pode fazer falta lá na frente para o filho.
Atualmente uma boa carteira para geração de renda pode pagar algo em torno de 5% acima da inflação todos os anos. Apenas como um exemplo, ao investir R$1,2 milhão, têm-se R$60 mil por ano ou R$5 mil todos os meses, sempre atualizados pela inflação. É claro que, nesta conta, o milhão sobraria atualizado, como herança para o filho ou uma tremenda ajuda para o início de carreira. Se pensarmos na possibilidade do mesmo investimento pagar os R$5 mil mensais sempre atualizados, mas o valor inicialmente investido zerasse em 20 anos (ou seja, o período em que normalmente bancamos os nossos filhos), teríamos que depositar uma quantia menor, de aproximadamente 750 mil reais.
Comecemos pelo início. O primeiro gasto que uma mãe e um pai normalmente pensam para um filho que está para chegar é o seu enxoval. Roupas, sapatinhos, toalhas, carrinho de bebê, mamadeiras, chupetas, roupa de cama... e também a decoração do quarto. É importante, antes de sair comprando de forma desordenada, organizar seu orçamento e colocar tudo isto em uma mesma cesta, que eu chamaria de custos iniciais. A partir da sua reserva ou capacidade de pagamento, faça uma conta daquilo que você teria conforto em dispor para todo este enxoval. Somente com este valor de gasto definido você pode começar a fazer uma lista, iniciando com as prioridades e conseguindo encaixar todos os itens necessários neste momento.
O segundo passo é começar a organizar os gastos mensais. Importante dizer que este passo está ligado ao primeiro, pois com o aumento do orçamento da família, deve-se imaginar algum impacto na sua reserva, mesmo que seja apenas de redução da poupança mensal que nela era depositada.
Não é fácil, principalmente para pais de primeira viagem, organizar e prever tudo o que será gasto com um filho. Por isso é muito importante fazer pesquisa, perguntar para outros pais, e colocar o máximo possível de itens em uma lista para depois começar a organizar. Normalmente pensamos nas coisas mais óbvias: fraldas, pediatra, leite em pó... Depois escola, um curso de inglês e pronto. Mas não podemos nos esquecer das novas roupas (é, o enxoval é para o começo. As crianças crescem e os centímetros a mais pedem roupas a mais, todos os anos), uniformes da escola, remédios, babá, cadeirinha de carro (que também tem que ser trocada com a idade), presentes para ele e para os novos amiguinhos da escola, dentista, passeios, supermercado mais volumoso, mais passagens nas férias, mais uma cadeira no restaurante de domingo e por aí vai. Ufa! Hora de colocar tudo isso no papel e sentir quanto vai custar no bolso.
Quem já tem um bom dinheiro guardado, vale a pena 'separar' uma quantia e investir pensando no longo prazo em ativos que tenham uma geração de renda, idealmente atrelada à inflação. Isto garantirá um fluxo para cobrir estas despesas mensais e também acaba servindo como um fator de disciplina. Dinheiro gasto com coisas fora da rotina que parecem importantes agora pode fazer falta lá na frente para o filho.
Atualmente uma boa carteira para geração de renda pode pagar algo em torno de 5% acima da inflação todos os anos. Apenas como um exemplo, ao investir R$1,2 milhão, têm-se R$60 mil por ano ou R$5 mil todos os meses, sempre atualizados pela inflação. É claro que, nesta conta, o milhão sobraria atualizado, como herança para o filho ou uma tremenda ajuda para o início de carreira. Se pensarmos na possibilidade do mesmo investimento pagar os R$5 mil mensais sempre atualizados, mas o valor inicialmente investido zerasse em 20 anos (ou seja, o período em que normalmente bancamos os nossos filhos), teríamos que depositar uma quantia menor, de aproximadamente 750 mil reais.
Para aqueles com reservas menores é importante
calcular como o mesmo valor poderá ser retirado do salário mensal e quanto
impactará naquilo que sobra no fim do mês (o dinheiro que deve ser colocado na
sua reserva de segurança). Com exceção daqueles custos iniciais de enxoval,
normalmente nos primeiros meses e anos de vida os custos com as crianças são
menores (menos comida, escola, cursos, etc). É importante, assim, prever este
aumento de custos com o tempo e, se possível, já guardar naquela reserva
separada os valores não gastos nos primeiros anos. Isto facilitará bastante o
mês a mês lá na frente. Para se ter uma ideia, também como exemplo ilustrativo:
se imaginarmos que o custo de um filho inicie com R$1 mil e vá subindo,
gradativamente, para R$5 mil nos últimos anos, a economia do valor de sobra
(R$5 mil – R$1 mil = R$4 mil no primeiro ano) investida nesta reserva todo mês,
geraria um saldo suficiente para cobrir todos os gastos com o filho do oitavo
ano até o vigésimo! Um grande alívio para o orçamento familiar lá na frente.
É claro que o orçamento e a definição de custo mensal
para os filhos variam para cada família. Para muitos, R$5 mil parece uma
quantia exagerada, enquanto para outros pode não ser suficiente. O importante
aqui é entender qual a real capacidade de aumento dos seus custos mensais, para
a partir daí criar um orçamento começando pelo que é mais importante e cortando
os supérfluos. Não vale a pena se endividar para fazer frente a gastos que não
são condizentes com o seu padrão de vida. Os custos de juros a serem pagos nas
dívidas no Brasil são altíssimos.
Enfim, a principal recomendação aqui é organização.
Quanto mais organizado estiver o orçamento e quanto mais ajustada as suas
reservas pensando no longo prazo (a separação por caixas / objetivos é a principal
forma de aumentar os ganhos), mais tranquila será a manutenção dos seus filhos.
Se tudo der certo, ainda sobrará uma boa quantia para a sua aposentadoria e
também para todos os presentes e viagens para os netos!".
Texto
do nosso colaborador de finanças para o Promovida a Mãe
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