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sábado, 25 de outubro de 2014

O que muda no coração durante a gravidez (Por Dr. André Luiz Mendes Martins)

O tema de hoje da nossa coluna "Saúde da mulher" é o coração da grávida!
Sabemos que todo o nosso corpo sofre vários ajustes e adaptações para carregar mais uma vida. Com o coração não é diferente!!! Ele tem que trabalhar muito à mais para garantir um bom fluxo sanguíneo e oxigenação para o bebê (que tem um pequeno coração, mas que bate super forte!).
Portanto, o tema serve como um incentivo para às mamães manterem a sua saúde em dia sempre observando alterações diferentes e conversando com o seu médico!
Muito obrigada  Dr. André, pela disponibilidade, carinho e competência!!! Com certeza nossas grávidinhas se beneficiarão muito com o seu texto!
Adoramos as informações!
Beijos!!!

A gestação em mulheres portadoras de doenças cardiovasculares tem se tornado relativamente frequente no Brasil. Este fato se explica pelos avanços na cardiologia e da melhor assistência médica às mulheres cardiopatas, permitindo que elas atinjam a idade reprodutiva. Contudo, as patologias cardíacas continuam sendo a principal causa de morte materna de origem não obstétrica . O que torna a cardiopatia na gestação um fator de relevância em saúde pública.

Durante a gravidez o corpo da mãe sofre várias mudanças relacionadas ao sangue e a circulação para o bom equilíbrio materno-fetal.

O volume de sangue aumenta entre 45 a 55% e as células vermelhas 20 a 30%. O que provoca uma anemia fisiológica durante a gravidez. Esse aumento de volume começa nas primeiras semanas atingindo valores próximos aos máximos no final do segundo trimestre. Contudo continua aumentando lentamente até as últimas semanas da gravidez.

O aumento do débito cardíaco (volume de sangue ejetado pelo coração a cada batimento): inicia-se a partir da 5ª semana de gestação. Sendo o maior aumento do débito até 20ª a 24ª semanas. A partir de então a elevação é mais gradual com pico de 40 a 60% do débito pré-gestacional.

Frequência cardíaca (batimentos cardíacos): o seu aumento é progressivo com a gravidez, alcançando valores máximos de 10 a 20 bpm acima do valor pré-gestacional, em torno de 28ª a 32ª semanas. Também durante o trabalho de parto há aumento da frequência cardíaca.

Nas doenças cardiovasculares da mãe podemos ter duas vidas em risco. O controle adequado do coração materno e das doenças cardíacas é fundamental para uma gravidez tranquila e com boa evolução, para tanto um acompanhamento médico deverá ser realizado por um especialista.
 
 
Dr. André Luiz Mendes Martins
Médico - Cirurgião Cardiovascular do Hospital Sírio Libanês e Beneficência Portuguesa de São Paulo
Membro especialista da SBCCV
Sócio /Diretor da Cardioclínica Paulista
Editor do blog Miocárdio
 

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